Atos à toa, dê a preferência

De uns tempos pra cá, eu me desbandiei a querer escutar um monte de coisa nova; nova mas antiga. Não músicas recentes, que eu sempre escuto, mas canções antigas de bandas e cantores antigos que até conhecia. Não sei porque, eu nem estava com vontade. Mas depois que percebi que foi uma forma, sei lá, inconsciente de eu mesmo, como se sedado, me tocar que vinha fazendo umas coisinhas sem querer querendo. Estive indo por um caminho que durante uma pressa, aceitei sem pensar. Numa dessas correrias eu escutei uma vozinha que dizia: "Quais são suas prioridades?". Outro dia meu chará Rodrigo disse que a pressa não trás coisas boas. Graças a Deus, percebi antes que fizesse eu, sem ser eu, algo maior por conta de algo que nem sei, num terreno que não conheço. De alguma forma, eu estava sem ar. Quero mais não. No fundo, só este retorno representa mesmo um desejo inconsciente de voltar às origens, estar com gente minha, minha família. Sei lá, repito, por que cargas d'água quis começar algo com cara de tarde. Mas eu gostei da experiência, e aprendi a pensar um pouco melhor, com mais clareza. Estou voltando a escutar meus rockzinhos, os Beatles, o Pato Fu... É assim que me sinto à vontade, feliz. Quero voltar a viver sem ensaiar, sem molde. Estou tentando não esquecer, ou lembrar melhor como eu era quando criança. É isso.